São Petersburgo – Primeiras impressões

Sempre que programo uma viagem, nos preparativos, além de pesquisar o roteiro, reservar hotéis e passagens e fuçar guias e blogs na internet com dicas e sugestões de passeios, eu já tenho por hábito, há algum tempo, de escolher pelo menos um livro da História do país que vou viajar e também um livro de literatura. No caso da Rússia, aproveitei o fato de que acho fascinante o estudo sobre a Primeira Guerra Mundial, para focar a minha leitura no período histórico que antecedeu a Revolução de Outubro, e a vida dos últimos czares. O livro escolhido foi “Os Três Imperadores”, da Miranda Carter.

O livro faz um paralelo da relação entre os três países, Rússia, Inglaterra e Alemanha, no período que vai da segunda metade do século XIX, até o final da Primeira Guerra Mundial

O livro faz um paralelo da relação entre os três países, Rússia, Inglaterra e Alemanha, no período que vai da segunda metade do século XIX, até o final da Primeira Guerra Mundial

O defeito da obra, como o de quase todo livro de História traduzido que já li, é que a sua tradução para o Português não é lá essas coisas… Mas o relato confere ao leitor um perfil bastante interessante da Rússia, da Inglaterra e da Alemanha, cujas famílias reais eram unidas por laços familiares. A autora esclarece, por exemplo, que os Romanov eram muito mais cultos do que seus parentes britânicos e prussianos. Mostra também como os Saxo-Coburgo e Gotha (renomeados Windsor por conta da germanofobia generalizada na Europa do pós-Guerra) eram bastante frívolos (como aparentam ser até hoje, Família Real boba, aff!) e infere que o Kaiser Guilherme II era uma pessoa completamente descompensada emocionalmente… E aqui segue a minha outra crítica ao livro, que guarda uma visão muito antigermânica. Por outro lado, aponta que a existência de uma monarquia constitucional na Inglaterra a salvou das vicissitudes sofridas pelos demais países, por conta da limitação do poder real. Na minha opinião, tanto o George V (Reino Unido), quanto o Guilherme II (Alemanha) e o Nicolau II (Rússia) eram totalmente incapazes de chefiar um governo.

Em termos de literatura, eu reli o “Crime e Castigo”, do Dostoievski, e li “Rúdin”, do Turguêniev. Apesar de desnecessário explicar a importância que o livro “Crime e Castigo” possui para a literatura mundial, na minha modesta opinião, entendo que essa leitura é fundamental para quem visita São Petersburgo. O autor descreve com precisão os locais onde se passa o enredo da narrativa, indicando, inclusive os endereços, tanto que você pode fazer um tour pelos respectivos locais (que teríamos feito, se não tivesse chovido torrencialmente no último dia), fora que o livro dá uma visão chocante do que era a vida de uma família de poucos recursos na Rússia do século XIX, mas com acesso ao estudo… o que o leva a imaginar o horror da vida de um mujique, moradores dos campos…

Já, “Rúdin”, pode ajudar ao visitante ter um panorama da burguesia rural russa e ainda esclarecer aspectos culturais e políticos do país. Por exemplo, Turguêniev relata em seu livro que os personagens tinham por hábito viajar à “Pequena Rússia”, modo como era designada a Ucrânia, notadamente à sua região que margeia o Mar Negro, o que confirma a influência russa no local e, na minha opinião, contrasta muito com as informações que a nossa imprensa vem declarando sobre a “invasão” russa no leste ucraniano. Mas isso é outro papo…

Se você preferir algo mais leve – apesar de que o livro tem mais de mil páginas – sugiro a leitura de “Queda de Gigantes”, do Ken Follet. Ainda que eu não seja dos mais adeptos a best sellers (confesso que tenho preconceito), a narrativa e a pesquisa histórica são interessantes. Alguns dos enredos paralelos carecem muito de verossimilhança – e a descrição de cenas de sexo causam vergonha alheia – mas é uma boa distração e não compromete. O livro traça um panorama geral da Europa de antes da I Guerra Mundial, que, aparentemente, não se desvirtua muito do que de fato aconteceu.

Retornando ao relato de viagem propriamente dito, nós chegamos em São Petersburgo no final da tarde, depois de uma longa e cansativa jornada. Confesso que a minha primeira impressão da cidade não foi das melhores. Logo que saímos dos freeways, nas imediações de São Petersburgo, a cidade me deu a impressão de estar necessitando de uma pintura coletiva urgente –  obviamente, que esta constatação era fruto do meu mau humor, impaciência e dor nas costas, fora que estávamos na periferia. Mas vamos ver o outro lado da moeda? Apesar de ser uma zona “suburbana”, a maioria dos prédios de suas ruas eram antigos, pré-Revolução, o que demonstrou a preocupação na preservação histórica da cidade.

A minha má impressão começou a se dissipar, quando o carro que nos trazia de Tallinn cruzou a Gorokhovaya ulitsa – ulitsa (leia-se úlitsa) significa rua em russo – e nos deparamos com a vista da entrada principal do prédio do Almirantado (onde atualmente funciona a escola marinha russa).

Almirantado, São Petersburgo

Almirantado, São Petersburgo

Almirantado, São Petersburgo

Almirantado, São Petersburgo

Almirantado, visto da Praça do Palácio de Inverno, São Petersburgo

Almirantado, visto da Praça do Palácio de Inverno, São Petersburgo

E  a irritação se esvaiu por completo assim que deixamos as malas no hotel e fomos dar uma voltinha. Apesar do dia claro, já passava das 18h, e não conseguiríamos, nem estávamos com disposição para fazer nenhum passeio específico. Mas mesmo assim, aproveitamos o belíssimo final de tarde.

Nosso hotel tinha excelente localização, a poucos passos da rua principal de São Petersburgo, a Nievsky Prospekt (prospekt significa avenida em russo), e colado à Catedral de Santo Isaac. Falarei do hotel em outro post. Acabamos indo em direção à cúpula dourada da catedral.

Só para esclarecer, eu abordarei a história e descrição dos monumentos quando for narrar a visita ao seu interior, por enquanto, fiquem com as fotografias:

Palácio Mariinsky e estátua do tsar Nicolau I

Palácio Mariinsky e estátua do czar Nicolau I

Catedral de Santo Isaque

Catedral de Santo Isaac

Fachada da Catedral de Santo Isaque, com o hotel Four Seasons ao fundo.

Fachada da Catedral de Santo Isaac, com o hotel Four Seasons ao fundo.

Praça dos Decembristas, em frente à Catedral de Santo Isaque (fachada do Hotel Four Seasons entre as árvores)

Praça dos Decembristas, em frente à Catedral de Santo Isaac (fachada do Hotel Four Seasons entre as árvores)

Sala de Exibições Manege Central, antiga Escola de Montaria da Guarda

Sala de Exibições Manege Central, antiga Escola de Montaria da Guarda, avistado da Praça dos Decembristas

Estátua do czar Pedro I, o Grande, na Praça dos Decembristas, em frente à Catedral de Santo Isaque

Estátua do czar Pedro I, o Grande, na Praça dos Decembristas, em frente à Catedral de Santo Isaac

Em relação à estátua de Pedro I, o Grande, convém dar uma breve explicação. Sua construção foi determinada pela czarina Catarina II, a Grande, em memória do fundador da cidade de São Petersburgo. Ela mostra o grande czar montado em um cavalo, que representa a Rússia, esmagando uma cobra, que simboliza os inimigos do Império, principalmente a Suécia. Segundo li, a estátua foi uma das maneiras sutis com que a Catarina pretendeu legitimar a sua posição como Imperatriz. Ela nasceu em território que atualmente pertence à Alemanha e casou-se com o czar Pedro III, que ela odiava, inclusive sendo a mandante de seu assassinato, situação que a alçou ao trono russo.

Na esquina da Praça dos Decembristas com o Cais dos Ingleses (Angliskaya naberezhnaya), está situado o Tribunal Constitucional da Rússia, a mais alta esfera do Poder Judiciário, em um prédio amarelo projetado pelo arquiteto italiano Carlo Rossi.

Corte Suprema da Rússia

Corte Suprema da Rússia

De lá chegamos às margens do Rio Neva, o principal de São Petersburgo, e continuamos na direção do Nievsky Prospekt e da Praça do Palácio de Inverno. O Rio Neva é muito largo; dos rios que atravessam cidades importantes que eu conheci na Europa é de longe o mais largo. A despeito de sua pouca extensão, seu curso segue do lago Ladoga até o Golfo da Finlândia, é um dos rios da Europa com maior volume de água.

Rio Nieva - Vista para a Kunstkamera (à esquerda) e para a Catedral de São Pedro e São Paulo (a torre dourada, à direita)

Rio Neva – Vista para a Kunstkamera (à esquerda) e para a Catedral de São Pedro e São Paulo (a torre dourada, à direita)

Kunstkamera

Kunstkamera e Coluna Rostral

Rio Nieva - vista para a Academia de Artes de São Petersburgo

Rio Neva – vista para a Academia de Artes de São Petersburgo

Rio Nieva - Vista para a Academia de Artes de São Petersburgo e para a Ponte Blagoveshchensky

Rio Neva – Vista para a Academia de Artes de São Petersburgo e para a Ponte Blagoveshchensky

Rio Nieva, vista para o Palácio Menshikov

Rio Neva, vista para o Palácio Menshikov

Abro um novo parêntese para explicar que São Petersburgo é uma cidade relativamente recente, foi fundada no início do século XVIII, por Pedro I, o Grande. Após uma complicada e sangrenta disputa sucessória com a sua irmã Sofia, que era apoiada pelos boyars (a nobreza) moscovita, Pedro, o Grande, tomou verdadeiro pavor de Moscou e resolveu mandar construir uma capital verdadeiramente europeia para o seu Império. De igual maneira, o czar, que era apaixonado pela marinha, sentia que a Rússia necessitava de um porto que fosse navegável durante todo o ano, inexistente à época. A escolha do local também foi proposital como ponto estratégico, com acesso ao interior pelo Rio Neva e protegido pela ilha de Kronstadt, a região já havia sido ocupaddiversas vezes pelos suecos. A planta da cidade é toda entrecortada por rios e canais – os mais famosos são os rios Neva, Moika e Fontanka e o canal Griboyedova – fazem lembrar a cidade de Amsterdam, é bom ter em perspectiva que até o czar Pedro, o Grande, era vidrado na Holanda, seu país favorito.

Retomando o fio da meada, de lá fomos caminhando e paramos na Praça do Palácio de Inverno – um desbunde de bonita! Ela estava sendo preparada para o desfile do dia 09 de maio, quando se comemora a capitulação da Alemanha, na II Guerra Mundial, chamada pelos russos de a Grande Guerra Patriótica (na verdade, a segunda guerra que leva este nome, a primeira ocorreu no início do século XIX, contra as tropas de Napoleão Bonaparte).

Praça do Palácio de Inverno, Coluna de Alexandre, Edíficio do Estado Maior, e Arco de Carlo Rossi, São Petersburgo

Praça do Palácio de Inverno, Coluna de Alexandre, Edifício do Estado Maior, e Arco de Carlo Rossi, São Petersburgo

Edifício do Estado Maior, Arco do Triunfo

Edifício do Estado Maior, Arco do Triunfo

Detalhe para a escultura sobre o arco do triunfo

Detalhe para a escultura sobre o arco do triunfo

Na época da construção do edifício do Estado Maior, o projeto do Carlo Rossi já previa que o cume do seu arco seria ornado com uma estátua de bronze denominada Carruagens da Glória que, junto com a Coluna de Alexandre (no topo, encontra-se uma estátua de São Alexandre Nevsky), são obras comemorativas da vitória russa sobre Napoleão na Primeira Guerra Patriótica, de 1812. Duas curiosidades: a coluna não tem nenhuma haste metálica para segurá-la em seu interior (as pedras se sustentam pelo próprio peso) e as estátuas de bronze são todas ocas para não causar peso excessivo que comprometa a estrutura do arco.

Outra explicação digna de ser acrescentada, do ponto de vista histórico, é que foi nessa praça onde ocorreu o chamado “Domingo Sangrento”, no dia 09 de janeiro de 1905. Nesse dia, um grande número de trabalhadores em greve rumou na direção do Palácio de Inverno para, pacificamente, apresentar uma petição ao czar Nicolau II, requerendo melhores condições de trabalho, salários mais justos… Como o czar não os recebeu, eles se estacionaram nas imediações do Palácio, em um protesto silencioso, apesar do frio rigoroso que fazia. O czar se sentiu acuado e, com medo de que lhe acontecesse o mesmo destino sucedido por seu avô, Alexandre II, que foi assassinado num atentado terrorista, ordenou que a guarda dissipasse a qualquer custo a multidão. Só que os militares não mediram o uso da força e massacraram cerca de 1000 pessoas, dentre elas, muitas mulheres e crianças. Esse acontecimento serviu para agravar mais ainda a crise interna russa, dando espaço para as Revoluções de Fevereiro e de Outubro de 1917.

Eu tive noção da existência de São Petersburgo, na época chamada de Leningrado, quando tinha uns 9 anos de idade e assisti no cinema a um filme chamado “O Sol da Meia-Noite / White Nights“, protagonizado pelo Mikhail Baryshnikov, pelo Gregory Hines, pela Isabella Rosselini e pela Helen Mirren, com a trilha sonora do Lionel Richie, a infame “Say you, say me”. A película conta a história de um bailarino russo que fugiu para os EUA e, numa viagem ao Japão, é obrigado a fazer um pouso forçado em São Petersburgo e acaba sofrendo um bocado nas mãos das autoridades soviéticas. Apesar do elenco, o filme é um LIXO! Propaganda americana antirrussa dos tempos da Guerra Fria (acho que isso explica a minha antipatia pelo Baryshnikov; ele pode até não compactuar com o regime comunista à época vigente em sua antiga pátria, mas não precisava mostrar seu lado mais sombrio para o mundo; pessoa porcaria!). O filme mostrava imagens da cidade, mesmo não tendo sido filmado lá, e, dentre elas, o edifício do Estado Maior. Desde então, esse prédio lindo projetado pelo Carlo Rossi, com aquele arco do triunfo, onde, durante anos funcionou o Ministério das Relações Exteriores e o Ministério das Finanças russo, passou a ser a minha imagem de São Petersburgo, encantadora, mas apavorante. Sua austeridade me metia medo e eu ficava realmente imaginando perseguidos políticos sendo achacados pela KGB em seu interior! Mas todo medo tem um fator atrativo e eu me lembro de ter ficado encantado com a beleza da cidade e de querer visitá-la! Sonho realizado quase 30 anos depois! Atualmente o prédio se encontra fechado, mas pertence ao patrimônio do Hermitage que, se não me engano, irá transferir a vasta coleção de impressionistas para o seu interior.

Do outro lado da praça, está situado o Palácio de Inverno, residência dos Romanov durante as estações frias do ano (nos meses mais quentes, eles moravam a maior parte do tempo em Tsarskoe Selo, literalmente a “Aldeia do Czar”, atual cidade de Pushkin (objeto de outra postagem). Hoje em dia, ele é o principal prédio do Museu Hermitage, que deixarei para falar em outra ocasião.

Palácio de Inverno, São Petersburgo

Palácio de Inverno, São Petersburgo

Palácio de Inverno, São Petersburgo

Palácio de Inverno, São Petersburgo

Palácio de Inverno, São Petersburgo

Palácio de Inverno, São Petersburgo

Toda vez que eu passava por esse lugar, eu tirava foto. Incansável!

Atravessando a praça, na direção Norte, você desemboca no Rio Moika, em cujas margens a aristocracia russa dos séculos XVIII ao XX construiu seus palácios. Sem dúvida o cais mais bonito da cidade!

Cais do Rio Moika, São Petersburgo

Cais do Rio Moika, São Petersburgo

Entrada para palacete no cais do Rio Moika, São Petersburgo

Entrada para palacete no cais do Rio Moika, São Petersburgo

Vista da Ponte Pevchevsky (muito larga) para a prédio na esquina da Praça do Palácio de Inverno e do cais do Rio Moika (quase não dá para perceber o cais), São Petersburgo

Vista da Ponte Pevchevsky (muito larga) para a prédio na esquina da Praça do Palácio de Inverno e do cais do Rio Moika (quase não dá para perceber o cais), São Petersburgo

Margens do rio Moika, São Petersburgo

Margens do rio Moika, São Petersburgo

Margens do rio Moika, São Petersburgo

Margens do rio Moika, São Petersburgo

Vista da Ponte Pevchevsky o cais do Rio Moika, São Petersburgo

Vista da Ponte Pevchevsky o cais do Rio Moika, São Petersburgo

Vista do cais do rio Moika para a Coluna de Alexandre, na Praça do Palácio de Inverno, São Petersburgo

Vista do cais do rio Moika para a Coluna de Alexandre, na Praça do Palácio de Inverno, São Petersburgo

Nesse momento, nos demos conta de que o relógio marcava quase 21h. Voltamos rapidinho para o hotel e saímos para jantar sem tomar banho, pois a maioria dos restaurantes em São Petersburgo fecha antes das 23h.

Conclusão desse primeiro dia: São Petersburgo é linda! Ouso dizer que, em vários aspectos, ela pode ser considerada ainda mais deslumbrante do que Paris e Viena (as duas capitais mais belas que já tinha ido até então), mas reitero, a cidade precisa de uma demão de tinta urgente em alguns lugares!

Essa foi o primeiro de vários posts sobre a antiga capital imperial russa. Espero não ter cansado vocês.

Sobre andrerj75

Eu me chamo André. Sou morador do Rio de Janeiro. Desde pequeno, fui acostumado a viajar com os meus pais para países diferentes e a apreciar as mais diversas expressões artísticas e culturais, o que mantive de bom grado já adulto. Também, desde pequeno, ganhei um fascínio pelo estudo de História, que se acirrou à medida que os anos foram passando. Nesse contexto, sou frequentemente abordado por amigos e por conhecidos - às vezes até por pessoas estranhas - pedindo dicas de viagens e solicitando que eu tente organizar pequenos roteiros para ajudá-los em suas férias. Resolvi unir o útil ao agradável e dei início a este blog. Escreverei sobre as minhas viagens na tentativa de passar as minhas impressões sobre os lugares que conheci. Na medida do possível, darei dicas de hotéis, de restaurantes e de lugares para passear. Não tenho qualquer compromisso com a cronologia, escreverei sobre o que der vontade. Agradeço a participação de todos!
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6 respostas para São Petersburgo – Primeiras impressões

  1. Sergio disse:

    Muito legal, estou aguardando as suas impressões sobre o Hermitage e suas dicas de locomoção na cidade!

    Curtido por 1 pessoa

  2. Suely disse:

    Adorei os comentários. Mas precisava arrasar com o “MISCHA”, meu bailarino favorito?

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  3. andrerj75 disse:

    Sergio, em termos de locomoção, o centro histórico dá para ser feito perfeitamente a pé. Para ir à Ilha de Vassilievsky e à margem do rio Neva do lado de Petrogrado, dá para usar o metrô, mas só usamos com a guia (apesar de parecer ser bem simples, inclusive com indicações em inglês). Taxi também só usamos com a guia num dia de plena e profunda exaustão, em que eu verdadeiramente não conseguia mais andar.

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  4. Marcelo Schor disse:

    André,

    Li tanto “Crime e Castigo” quanto “Queda de Gigantes” bem depois de ter visitado São Petersburgo. À medida que ia devorando as páginas, ia relembrando as horas que passei lá. “Crime e Castigo” dispensa comentários, e considero “Queda de Gigantes” o melhor livro de Ken Follett após “Pilares da Terra”.

    Achei São Petersburgo fantástica, mas Moscou me surpreendeu positivamente – esperava pouco dela e tive uma grata surpresa, especialmente com a visita ao Kremlin.

    Estive na Rússia em 2005; quanto visitei os Países Bálticos há 2 anos, o guia me falou que eu deveria ter emendado uma nova visita a São Petersburgo, pois segundo ele a cidade havia mudado completamente desde a minha viagem, estando muito mais bonita. Ainda estou para confirmar se a afirmação é verdadeira.

    abs.

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    • andrerj75 disse:

      Marcelo:

      A má impressão inicial da cidade se desfez por completo. Achei São Petersburgo um lugar em que gostaria de passar uma temporada – não moraria lá para o resto da vida, mas ficaria fácil durante um ano – a cidade realmente é linda!

      Também me surpreendi demais com Moscou. Ficamos pouco tempo, foi tudo muito corrido. Também achei linda, mas uma cidade russa, ao passo que São Petersburgo é uma cidade europeia.

      Eu achei a Rússia em muitos aspectos bastante similar ao Brasil, inclusive a própria receptividade do povo. Tirando as velhinhas das chapelarias dos museus, o resto do povo foi tão agradável…

      Agora, estudando russo, certamente irei voltar e desbravar outros lugares do país.

      Abraços

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